Era ver a cara de fuinhas contente (com a devida vénia e salamaleques subservientes, meritíssimo...) do juiz-chefe, por assim dizer, ao anunciar que não adiantava de nada que o país inteiro, psicólogos incluídos, estivesse contra a ideia de retirar a desgraçada da miúda-esmeralda a quem a amou e lutou por ela, durante anos. No fim, o primeiro juiz, que errou, acabou por ganhar. Este caso, tristíssimo, no que reflecte do corporativismo impune, em Portugal, mostra bem que quando se trata de luta de poder, de mostrar who's the boss, sacrifica-se o que for preciso.
Repugnante, apenas.
ps: na mesma cerimónia fantoche, foi curioso ver o sempre justiceiro chefe dos advogados, a zangar-se porque se violou a sacrossanta paz dos escritórios de advogados "com vista a obter provas contra os seus clientes". Ora, se os clientes são uns escroques e os advogados retêm provas disso, não só se deveriam fazer buscas, como engavetar os próprios advogados que as sonegam, com plena consciência, à justiça... Digo eu, que não fui colega de nenhum na Faculdade de Direito...

1 comentário:
Todas as opinioes são válidas e merecedoras de respeito e, por natureza, os pais afectivos são sempre melhores do que os pais biologicos. Mas há excepções. Ninguém duvida do amor e do cuidado que o casal afectivo terá pela menina (o nome é discutível), -apesar do relatório de que ambos os pais afectivos teriam personalidade distorcida e paranóica-, mas o facto é que, quando o verdadeiro pai (este não como os outros que nao se importam dos filhos) toma conhecimento do caso e, após testes de parternidade conclui ser sua filha, não ha argumento que valha para nao entregar a menina ao seu legítimo pai.
Digo mais: se os pais afectivos gostassem TANTo da menina que adoptaram, não a teriam sonegado todo este tempo, fugido à justiça e ao mais elementar direito do pai em ter a filha. (Estamos a falar de uma pessoa de bem, não de um alcóolatra). SE gostassem TANTO da menina, tê-la-iam entregue quando ela tinha DOIS anos e não agora por via da justiça com seis.
Trata-se de poder, de afirmar a sua sobre a dos outros e de uma forte corrente pública em torno deles que se gerou e que lhes deu força para continuar uma batalha que, se virmos bem, visa mais os próprios do que a menina. Em tê-la, não em amá-la apenas.
Quanto ao que escreves sobre os advogados, estou de acordo.
Abraço
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